Welcome to my blogger!

Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes, mas você tá vivo, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo! Só quem se mostra se encontra, por mais que se perca no caminho.. ( Cazuza )

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A tal, TAL(?)


É engraçado como plantaram na nossa mente que devemos correr atrás de uma tal felicidade, de uma tal alma gêmea, de uma tal satisfação, quem foi que provou que isso existe, e principalmente quem foi que provou que temos de correr atrás disso tudo. Bem, vamos quebrar as plataformas... Falam da felicidade como se fosse um antigo mistério a ser descoberto, como se a qualquer momento você abrisse uma porta e saísse uma luz incandescente, que te cega, e você encontra a felicidade. Falam de uma alma gêmea, de uma pessoa que parece que nasceu só pra te encontrar e viverem felizes para sempre, que a qualquer momento você esbarra na rua em uma pessoa e toca ‘My heart will go on’ (música do filme Titanic) no fundo, e você descobre que é o amor da sua vida. As pessoas estão tão insatisfeitas em suas vidas que colocam a culpa nessa tal pessoa perfeita que não apareceu, e nessa tal felicidade que não foi encontrada... Engraçado, não?
Queremos acreditar que a felicidade é um estado permanente, mas a felicidade não é plena, não existe ser vital nenhum aqui nessa terra que é integralmente feliz, são momentos alegres, divertidos, felizes que constituem a felicidade. Tudo é bem mais simples do que imaginamos, e insistimos em complicar. Quando estamos em algum momento feliz, devemos sugar dele todo doce, fazer com que se prolongue até o ultimo instante, isso sim é ser eterno enquanto durar. Não existe nada de magnífico nisso, é tão simples que nem vemos, é tão fácil que nem acreditamos que é possível ser feliz assim, vivemos procurando os obstáculos, achamos que temos de lutar muito, sofrer pra chegar a tal felicidade, e isso não existe. Basta ver com os olhos que tens, e aproveitar...
E a tal alma gêmea? Essa sim é a coisa mais maluca que eu já ouvi... Ou seus sinônimos: a tampa da panela, a metade da laranja, o pé de meia prum pé cansado, um par de chinelo pruns pés descalços...e por ai vai. Como assim? Eu já nasci inteira, me desprendi da única algema que me prendia a alguém que era minha mãe, e agora inventaram essa de que eu preciso, necessito, de alguém pra ser completa?! Não, não mesmo. O maior erro que cometemos é dar a alguém a responsabilidade de nos fazer felizes. Temos de ser felizes “sozinhos”, e só depois aprender a ser feliz “acompanhado”, afinal, a felicidade está posta a mesa, pronta para ser usufruída por qualquer pessoa, e é claro uma boa companhia a mesa é sempre mais agradável...
AH, enfim chegamos. Sabe aquela tal satisfação que falamos antes? Bem, depois de entender a simplicidade da felicidade sentiremos a satisfação a cada momento, e aí quem sabe não é hora de compartilhar? (LB)