Welcome to my blogger!

Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes, mas você tá vivo, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo! Só quem se mostra se encontra, por mais que se perca no caminho.. ( Cazuza )

domingo, 26 de dezembro de 2010

Última chance

               Desde quando somos crianças nos perguntam sobre nossos desejos e sonhos. Respondemos com rapidez e facilidade: professor, médico, jogador de futebol... A impressão que se dá é de liberdade de escolha, e como se o mundo conspirasse a realização dos seus sonhos. Não é preciso muito mais anos de vida para perder a facilidade da escolha, entendermos o sacrifico da luta e sentirmos a dificuldade da concretização dos sonhos.
                Vejo que somos bebês, a grande massa. Vejo alguns adultos, a pequena massa, que discutem a melhor forma de nos “educar”, alienar, nos tratam realmente como bebes, querem cores e formas atrativas, musiquinhas que se instalam nas nossas mentes, rostos e corpos maravilhosos que nos “motivam”, assim não nos tornamos adulto nunca, nos tornamos meios bonecos. A partir daí tudo que era fácil torna-se complicado, a mente é limitada e a visão embaçada, os verdadeiros sonhos se confundem com o que os outros querem, inicia-se o caos.
                          
                O mundo seria muito mais bonito, criativo e original se a nossa mente fosse a principal máquina e a pura imaginação o combustível. Sinto que os nossos sonhos se perdem, ou são colocados como impossíveis, para que escolhamos a utilidade que convém a outros e não a que nos causa realização. “Recompensam” com dinheiro e criam uma falsa satisfação enquanto a grande maioria possui uma profunda frustração encoberta.
                Penso que a grande verdade é que o nosso potencial é muito maior do que dizem que somos capazes, têm medo do tamanho dos nossos sonhos e nos põem medo também. Dizem que devemos reconhecer nossa limitações, mas o que fazem é nos dar lente de aumento e elevar nossos defeitos em altares, para que todos vejam, enquanto as nossas virtudes são ofuscadas com poeira e consideradas medíocres. É aí que os sonhos se perdem e se tornam impossíveis. Quando deixamos de acreditar. O engraçado é que nessa hora sempre aparece alguém nos oferecendo um caminho alternativo, um caminho “bom para você”. Aceitamos, como se fosse nossa última chance. A princípio pode até ser um bom caminho mesmo, mas como aceitar o bom se o seu sonho é o melhor? (LB)