Máscaras

          

           Como é bom acordar todas as manhãs e decidir qual Leila eu serei hoje. Aquela que vai querer ouvir música alta ou apenas ler um livro. Se vou seguir dieta ou comer uma panela de brigadeiro. Se vou bater de frente com a vida ou adiar o encontro com ela. Ah, deixei de lado essa história de que somos um só, que as máscaras sempre caem... Temos de ter várias máscaras sim, surpreender a todos, transformar nossa presença num mistério... O que é único é coração, é a alma! Ah, as máscaras, elas caem e nós colocamos outra. Não tem como usar a mesma sempre. Não dá para usar sorrisos em dias de chuva, e nem lágrimas em semana de carnaval. Não seremos sempre os mesmos. Estamos numa metamorfose constante. E temos de ter a consciência que isso não é falsidade, é renovação! É a esperança que temos, de nos testar, de mudar, de renovar... E quando nada estiver certo, puder tentar outra vez, outra máscara!

            As máscaras que criamos, que escolhemos, são o modo como queremos que o mundo nos veja. Mesmo que tudo esteja de pernas para o ar, nós podemos decidir a mascaras que queremos usar, e mudar. Transformar o feio em belo se quiser. Podemos não querer também. E quando acharmos que não há saída, veremos quantas opções temos, porque temos máscaras...

            Hoje tenho escolhas a fazer, que eu só posso fazer hoje, nem ontem e nem amanha, hoje. E tem que ser agora, ou daqui a pouco. Posso dormir o dia inteiro, ou acordar cedo para aproveitar o dia, ou aproveitar o dia dormindo. Posso ser simpática, desejar bom dia a todo mundo, ou ser totalmente insuportável. O que eu serei para o mundo, cabe a mim escolher, mas o que o mundo será pra mim eu só saberei usando as minhas máscaras e vivendo!

            Nada sei eu do futuro, então só me resta criar minhas máscaras, usá-las o mais sabiamente possível, e seguir na minha missão... A busca da felicidade! (LB)